Alunos e Professores do Ensino Médio Inovador, aprendendo a fazer compostagem com Professor e Acadêmicos do CAV / UDESC Lages/SC (Curso de Agronomia).
Embora o lixo seja considerado uma grande ameaça à vida, verifica-se que é
possível minimizar os seus impactos, ao adaptarem-se medidas preventivas,
abandonando práticas de consumo exagerado ou então, conscientizando a
população, seja em relação ao destino ou às formas de reciclagem do lixo
gerado. Assim, é necessário que as pessoas e as instituições assumam novas
atitudes, visando gerir de modo mais adequado a grande quantidade e diversidade
de resíduos que são produzidos diariamente. Existem algumas práticas, como a
compostagem que não só reduzirão o volume de resíduos produzidos, mas
também permitirão o exercício da reutilização. São atitudes simples e viáveis
que podem ser incorporadas cada vez mais, a fim de proteger o ar, o solo e a
água, trazendo como consequências melhores condições de saúde humana, qualidade
de vida e saúde ambiental.
Sabias que o tempo de decomposição de materiais pode variar de 2 semanas
a até 600 anos?
Agora imagina o que podes fazer se selecionares os
materiais certos?! Podes transformar o que seria lixo em adubo orgânico, enriquecendo a terra em
vez de desperdiçares recursos e gerares mais poluição!
O que é exatamente a compostagem?
A compostagem é um processo de decomposição
controlada de matéria orgânica (ramos, folhas, restos de alimentos, etc…) feita
através de micro-organismos (fungos e bactérias).
Esta decomposição pode ser feita num compostor
(recipiente apropriado para a compostagem), em pilhas de compostagem ou
simplesmente amontoando a matéria orgânica num local em contacto com a terra.
O produto resultante da compostagem é denominado de
composto e pode ser aplicado no solo como adubo natural, apresentando vantagens
monetárias e ambientais comparativamente aos fertilizantes químicos.
Quais os melhores materiais para colocar no solo? (a classificação dos
resíduos que se segue tem como base a sua constituição química: azoto e
carbono)
Resíduos verdes: legumes, cascas de fruta, pão, massa e arroz
cozinhado, sacos de chás, etc…
Resíduos castanhos: folhas e ramos secos, relva, feno e palha, etc…
Há produtos que atrasam o processo de compostagem e
que, por isso devem ser evitados, entre os
quais: gorduras, lacticíneos, carne, peixe, marisco, vidro metal,
plástico, etc…
Procedimento:
O procedimento é simples, consiste na
alternância entre a deposição de camadas de verdes e de castanhos
(classificação dos resíduos quanto à sua constituição química, pois esta
condiciona a rapidez e a qualidade do processo) e no controlo de algumas
condições, como a temperatura, a umidade o estado de revolvimento do
composto (por causa do arejamento), a entrada de agentes patogénicos.
É devido à necessidade de manter estes
fatores em níveis aceitáveis, que surgem outros aspectos importantes para
que a compostagem tenha sucesso, o local onde o compostor é colocado e o tipo
de compostor. De modo a controlar a temperatura, devemos escolher um local para o compostor que não deixe cozer os
microrganismos no verão nem congelá-los no inverno e no qual
seja possível manter um nível de umidade moderado.
Se colocarmos o compostor debaixo de uma árvore de folha caduca, teremos sombra
no verão e sol no inverno, é a situação ideal. Existem vários tipos de compostor à venda, contudo
podemos fazer o nosso próprio compostor, a partir de uma caixa de cartão, de
madeira ou de plástico, furada por baixo, de modo a evitar cheiros e facilitar
a entrada de micro organismos.
Como é que o composto beneficia o solo?
Ajuda a reter a água nos solos arenosos e dá
porosidade aos solos argilosos.
Introduz no solo organismos benéficos, como
bactérias e fungos, que têm a capacidade de passar os nutrientes da parte
mineral do solo para as plantas.
O composto tem fungicidas naturais e organismos
benéficos que ajudam a eliminar organismos causadores de doença, no solo e nas
plantas.
Como posso utilizar o composto?
O composto maturado é usado para relvados,
vasos, canteiros, floreiras e caldeiras das árvores. Uma mistura de 1/3 de
composto, 1/3 de areia e 1/3 de terra é um rico adubo para plantas novas,
floreiras e plantas de interior. Numa quinta, aplicado nas
plantações adiciona matéria orgânica, melhora a estrutura do solo, reduz a
necessidade de fertilizantes e o potencial de erosão do solo e elimina ou reduz
os problemas de deposição de estrumes, reduzindo as ocorrências e contaminação
de poços por nitratos.
Somos a favor do desenvolvimento sustentável, acreditamos que não
devemos sacrificar o futuro das próximas gerações simplesmente porque nos
falta uma consciência
cívica para
aprender a poupar recursos e energia e a preservar os ecossistemas. Como
pudeste ver, há pequenas estratégias que podemos adaptar aos jardins
da nossa escola, assim como a compostagem,
que é a solução sustentável que pretendemos programar com
vista à fertilização do solo a partir dos
restos provenientes do refeitório da escola.
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